Dicas para negociar dívidas do cartão de crédito

Por Redação

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As dívidas do cartão de crédito são uma das maiores preocupações da atualidade. Muitas pessoas já perderam, ao menos uma vez, o controle dos gastos e parcelamentos e acabaram em dívidas. Os juros altos podem chegar em 300%, de acordo com pesquisa feita em 2019.

Existem diversas dicas para negociar dívidas do cartão de crédito, mas para realmente fazer um bom negócio, é preciso primeiro entender como as cobranças são geradas.

Acompanhe aqui tudo o que você precisa saber sobre cartões de crédito e negociações e saiba como evitar e sair desse tipo de problema financeiro.

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Como funciona a cobrança do cartão de crédito?

Usar o cartão de crédito é algo que fazemos no modo automático, mas raramente sabemos definir o que ele é e como funciona.

Basicamente, a compra no cartão de crédito funciona como um empréstimo em que você tem até 40 dias para realizar o pagamento, que é a fatura.

Dizemos que é um empréstimo, por ser uma compra paga pelos bancos e administradoras, e posteriormente ressarcidos com o pagamento da fatura, seja na compra à vista, quanto à prazo.

Assim como em empréstimos, cartões possuem taxas de juros e limite estabelecidos pelo banco.

Enquanto os limites variam de acordo com a renda e podem ser aumentados ou reduzidos, os juros são fixos para todos os clientes da operadora de cartão daquela instituição.

O limite do cartão é o total que você tem disponível para compras, contando compras à vista e parceladas no crédito, uma vez atingido é impossível utilizá-lo.

À medida que você paga as faturas, os valores vão sendo liberados para uso novamente.

Além disso, é preciso sempre considerar as tarifas:

  • Anuidade – Valor anual cobrado para a manutenção e uso do cartão que, em geral, é parcelado e cobrado mensalmente.
  • Pagamento de boletos – Valor cobrado caso você utilize seu limite para pagar boletos bancários.
  • Avaliação emergencial de crédito – Taxa cobrada para solicitações de aumento de limite imediato para finalizar uma compra.
  • Saque Tarifa para que você possa fazer um saque em dinheiro do seu limite, seja no país ou no exterior.
  • Segunda via do cartão – É cobrado um valor caso seja necessário emitir uma segunda via por perda, roubo ou furto do cartão.
  • IOF – Taxa de conversão do câmbio para compras em uma moeda que não seja a do seu país.

Essas são as principais tarifas cobradas, mas não as únicas. Cada situação pode gerar uma cobrança diferente no seu cartão de crédito e conhecê-las é essencial para contabilizar os gastos mensais e evitar entrar em dívidas.

Toda compra realizada no cartão é paga por meio da fatura mensal, referente aos gastos do mês anterior ao vencimento.

O atraso de pagamento gera os juros de mais de 300% que mencionamos e pode se tornar um grave problema.

Para casos em que não é possível pagar o valor total da fatura, existe a opção de pagamento do valor mínimo obrigatório e de parcelamento do valor da fatura nos meses seguintes.

Lembre-se: essas parecem boas opções, mas possuem taxas de juros e só jogam o problema para o mês seguinte, então pense bem.

O que é o CET e por que ele é importante?

CET é a sigla para Custo Efetivo Total, ajudando você a entender o valor real que deve pagar, contando o custo das compras e as taxas das operações realizadas com o cartão. Para quem busca dicas para negociar dívidas do cartão de crédito, conhecer o CET é essencial.

Saber os encargos, tarifas e despesas é a única maneira de ter um controle financeiro real com o uso de cartão e uma noção da dívida para buscar uma solução.

O cálculo é feito com uma soma simples:

Taxas de juros + tarifas + IOF + registros + seguros + gravames + despesas do contrato

Essa soma fornece um percentual anual (%) e se você está se perguntando como ter todos esses dados para realizar o cálculo, não se preocupe, o CET é informado no contrato do cartão, no momento de assinar.

É com base nele que você se torna capaz de analisar qual a melhor proposta de negociação, já que ele leva em conta todas as tarifas e não só a taxa de juros. Uma taxa de juros baixa nem sempre significa um valor final da negociação mais vantajoso.

6 dicas para negociar dívidas do cartão de crédito

Agora você sabe o que são e como funcionam os cartões de crédito e conhece o CET, pode se organizar melhor para evitar problemas com dívidas. Mas o que fazer se a dívida já existe e você precisa de uma negociação para pagá-la? Confira já! 

1. Saiba quanto você deve

Para negociar uma dívida e fazer o melhor negócio para se livrar desse peso é essencial saber todos os detalhes sobre ela.

Verifique o valor original da compra ou fatura que gerou a dívida, a incidência do CET, quanto já foi pago, quanto ainda falta pagar e quanto do valor total é de juros.

Apenas conhecendo a real situação da sua dívida é possível encontrar o caminho mais vantajoso para resolver o problema. 

2. Analise os detalhes das propostas de negociação

Você já conhece bem sua dívida e até qual montante mensal é capaz de comprometer para resolvê-la, então é hora de entrar em contato com a operadora do cartão de crédito e negociar.

Não fique preso apenas ao valor que tem na sua frente e na vontade de resolver o mais rápido possível, analise tudo com cuidado.

Verifique os juros e taxas que serão adicionados em cada possibilidade, não assuma parcelas mais altas do que pode pagar e seja sincero sobre sua situação.

Pode acontecer da opção de negociação oferecida não ser realista para a sua situação. Converse e negocie com calma para não criar uma nova dívida por desespero e, se a proposta não for favorável, tire um tempo para avaliar antes de aceitar o acordo.

3. Busque parcelas fixas para a negociação

Muitas vezes, as opções de negociação com parcelas variáveis parecem vantajosas. Acreditamos que pagar mais barato nos primeiros meses será suficiente para organizar as finanças e poder pagar as parcelas mais altas no final, resolvendo a dívida mais rapidamente.

Ainda que pareça uma boa ideia, esse é um dos maiores erros cometidos na hora de negociar dívidas do cartão de crédito.

Parcelas variáveis podem parecer uma boa ideia, mas significam mais risco, e qualquer problema futuro pode significar uma parcela que você não conseguirá pagar, te colocando de volta em situação de dívidas.

4. Não aceite qualquer proposta por desespero

Já mencionamos isso, mas é sempre bom destacar. A primeira proposta feita pela operadora quase nunca é vantajosa. Eles sabem que os clientes querem se livrar de dívidas e, por isso, aceitam qualquer negócio por desespero.

Espere por uma proposta que realmente caiba no seu bolso e seja vantajosa para você. 

5. Busque dívidas de valor menor se tiver a certeza de que resolverá o problema

Não é o procedimento ideal, mas pode ser a melhor alternativa para o seu caso. Dependendo de como está a sua dívida com o cartão de crédito e os juros cobrados, um empréstimo pode ser vantajoso.

Quando os juros do pagamento do empréstimo e as parcelas para sua quitação estiverem mais de acordo com a sua situação financeira, contratar um pode ser a melhor opção. 

Essa possibilidade se torna uma vantagem quando você consegue, na dívida do empréstimo, tudo o que esperava da negociação e consegue quitar o cartão de crédito com menos juros com um pagamento à vista.

6. Siga sempre a base oferecida pelo Código de Defesa do Consumidor

Ser um devedor nos faz sentir como a parte errada na história e, muitas vezes, acabamos por abrir mão de direitos e vantagens na negociação de dívidas.

É por isso que ter o Código de Defesa do Consumidor como aliado é essencial.

Existem algumas regras que se aplicam especificamente à negociação de dívidas.

Poucas pessoas sabem, mas quando a negociação busca quitar a dívida total, não é permitido que seja cobrado mais de 30% do seu orçamento mensal no pagamento, em caso de empréstimos.

Já para crédito consignado, a cobrança não pode ultrapassar os 35%.

Outro ponto é a não obrigatoriedade da contratação do serviço de seguro na renegociação de dívidas, o que pode eliminar uma boa parte do valor a ser pago.

Assim, você tem informações legais em mão que podem te ajudar a chegar em uma alternativa mais vantajosa.

E, lembre-se, qualquer irregularidade ou dúvida sobre seus direitos pode ser levada para o Procon, mesmo em caso de dívidas.

Negociar dívidas do cartão de crédito depende de educação financeira

Com todas as dicas apresentadas, fica claro que o primeiro passo é sempre ter informação sobre o assunto. Educar-se financeiramente é essencial para solucionar esse tipo de problemas e é a ferramenta mais importante para quem quer usar o dinheiro de maneira inteligente e fugir de dívidas.

Quer tomar as melhores decisões para seu dinheiro e acompanhar mais dicas para negociar dívidas do cartão de crédito? Fique de olho nos conteúdos que o iq prepara especialmente para cuidar da sua saúde financeira.