Imposto de renda no Tesouro Direto

Por Redação

Imposto de Renda no Tesouro Direto

Mesmo sendo uma opção de título público para investimento, os rendimentos com aplicações no Tesouro Direto estão sujeitos ao Imposto de Renda (IR). Antes de decidir pelo investimento nesses títulos de renda fixa, é preciso estar ciente dos descontos e do rendimento líquido final, assim como fazer a declaração do IR.

SAIBA+IQ: O Guia para declarar o Imposto de Renda

Como declarar títulos do Tesouro Direto no Imposto de Renda

Antes de falar da declaração, é preciso saber que a cobrança do Imposto de Renda é realizada automaticamente quando se faz resgate do valor, quando os títulos vencem ou então quando é preciso realizar o pagamento de juros semestrais. Além disso, a maioria das corretoras disponibiliza o Informe de Rendimentos automaticamente ou enviando-o por e-mail para seus clientes ou então sendo necessário solicitar.

Para declarar o Imposto de Renda, há duas etapas: na primeira você deve informar o saldo do seu investimento do dia 31/12/2017 e do ano seguinte, em 31/12/2018; na segunda, você informa os ganhos apurados. Confira como fazer:

Declaração do saldo no Tesouro Direto

  1. Entre em Bens e Direitos no menu principal;
  2. Escolha a opção Novo – mas se você tiver o mesmo título do ano anterior salvo, é só clicar nele;
  3. Clique em “45 – Aplicação de renda fixa (CDB, RDB e outros)”;
  4. Na discriminação, escreva “Aplicações em títulos do Tesouro Direto”;
  5. Complete o CNPJ com o da corretora onde você fez a aplicação;
  6. Por fim, ponha o saldo (informado pela corretora no Informe de Rendimentos, no item Rendimentos sujeitos a tributação exclusiva) nos campos:  Situação em 31/12/2017 e Situação em 31/12/2018.

Declaração de títulos resgatados ou vencidos Tesouro Direto

Se você resgatou alguma quantia que tinha investida no Tesouro Direto ou então se os seus títulos venceram, é preciso informar na seção Bens e Direitos seguindo os mesmos passos mencionados acima. Mas atenção: dessa vez é preciso dizer que o valor do título é R$ 0,00 na seção Situação em 31/12/2018, uma vez que esse valor não está mais investido.

Não precisa se preocupar: a corretora já informa o valor final que você deve colocar na sua declaração!

SAIBA+IQ: Principais dúvidas relacionadas à declaração do IR

Quanto se paga de Imposto de Renda?

Essa é a pergunta que todos se fazem quando resolvem diversificar um capital antes mantido em poupanças. O Imposto de Renda é aplicado apenas sobre os ganhos obtidos com os juros dos títulos. Por exemplo, ao aplicar R$ 1.000,00 no Tesouro Direto, com juros anuais de 13%, haverá ao final do período de um ano incidência de 20% de Imposto de Renda sobre os R$ 130,00 de rendimento bruto.

Na prática, de acordo com o exemplo dado, um investidor teria uma retenção de R$ 26,00 com um resgate efetuado em 365 dias. Como em todas as aplicações de renda fixa, quanto maior o prazo de aplicação, menor a taxa de Imposto de Renda incidente, como mostra a tabela:

Prazo de resgate

Alíquota do IR sobre o lucro

Até 180 dias

22,5%

De 181 a 360 dias

20%

De 361 dias a 720 dias

17,5%

Mais de 721 dias

15%

SAIBA+IQ: Conheça os tipos de declaração de Imposto de Renda e saiba qual faz sentido para você

O que é Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa modernizado do Tesouro Nacional Brasileiro, que oferece títulos públicos federais para aplicação de capital por pessoas físicas e pequenos investidores, mediante o uso de uma plataforma digital.

O Tesouro Direto oferece em geral opções de rentabilidade bastante superiores às de outros investimentos conservadores, como a caderneta de poupança. Além disso, por se tratar de um título público de emissão federal, tem imensa garantia e segurança.

O portal do Tesouro Direto permitiu que pessoas físicas pudessem acessar a aplicação em títulos do Tesouro Nacional. Ao contrário de outras opções de aplicação, é possível investir valores mais baixos no Tesouro Direto. A aplicação mínima é de apenas R$ 30.

SAIBA+IQ: Como consultar situação da sua declaração do Imposto de Renda?

Por que investir?

Diversificação é a palavra da vez quando se trata de investimentos de renda fixa. Mesmo que você já possua algum dinheiro na poupança, CDBs, letras de câmbio, imobiliárias ou mesmo planos de previdência privada, é bom variar.

Os títulos negociados pelo Tesouro Direto são ideias para aplicação em longos prazos, de 5 ou 10 anos. Para quem pensa em comprar um imóvel na próxima década, por exemplo, é uma forma de manter o capital seguro e ainda conseguir um rendimento razoável.

Além disso, quanto maior o prazo de aplicação, menor e incidência de Imposto de Renda sobre lucros. A lógica e a tabela é a mesma aplicada a outros investimentos de renda fixa que não a poupança.

SAIBA+IQ: Dependente ou alimentando? Como incluir as informações de filhos ou tutelados no IR

Como investir no Tesouro Direto

A forma mais simples e descomplicada de aplicar no Tesouro Direto é investindo em um fundo que aplique nesse ativo. Contudo, taxas de administração incidem sobre os rendimentos e podem achatar os ganhos.
A segunda maneira é realizar a chamada “compra direta”. Essa compra é realizada no serviço chamado Tesouro Direto, uma plataforma online da Secretaria do Tesouro Nacional.

Apesar de “direta”, a aplicação exige o cadastro em um banco ou corretora que seja habilitado junto ao Tesouro. Esses são os chamados “agentes de custódia” e precisam ser relacionados pela pessoa física no momento de realização do cadastro na plataforma de aplicação e movimentação do Tesouro Direto.

De qualquer maneira, é preciso se cadastrar junto a uma instituição financeira por meio de fundos ou diretamente. Algumas taxas cobradas pelas instituições, principalmente bancos de varejo, reduzem a vantagem desse investimento – não necessariamente sobre os pequenos lucros da poupança, mas em relação a contratos privados de CDB, RDB, LCI, LCA e afins.

O passo a passo para investir Tesouro Direto é relativamente simples e não exige qualquer tipo de conhecimento técnico:

  1. Primeiro de tudo, pesquise rendimentos e outras possibilidades de aplicação em renda fixa, comparando históricos e resultados
  2. Realize o cadastro junto a um banco ou entidade financeira habilitada a operar o Tesouro Direto como agente custodiante
  3. Após se cadastrar em uma instituição financeira, acesse o site do Tesouro Direto e realize o cadastro
  4. Com o cadastro bancário e a inscrição no sistema, o investidor recebe senha e login para que possa realizar suas operações no Tesouro Direto por conta própria

SAIBA+IQ: Perdeu sua última declaração do IR? Saiba como obter a segunda via